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terça-feira, 4 de maio de 2010


BANCOS DE DADOS CONTRA PEDOFILIA


Representantes de 137 países assinaram nesta sexta-feira a “Declaração e Plano de Ação do Rio”, que formula metas para a implantação de medidas de combate à exploração sexual de crianças e adolescentes em todo o mundo. O documento, aprovado no encerramento do 3º Congresso Mundial de Enfrentamento da Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, estabelece que, em 2009, os países deverão entregar à Organização das Nações Unidas (ONU) um plano com seus projetos e o cronograma.Os representantes decidiram ainda que, até o ano que vem, os signatários da Declaração do Rio vão criar um banco de dados com informações relativas à exploração sexual de jovens e, em 2013, terão que ampliar a troca de dados com outros nações. Os países deverão também implantar sistemas nacionais de acompanhamento e monitoramento das vítimas e editar leis que protejam as crianças em sua jurisdição, inclusive os filhos de migrantes sem documentos ou aqueles que foram traficados.Na avaliação da subsecretária de Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente da Secretaria Especial de Direitos Humanos, Carmem Oliveira, o compromisso assinado entre os países representa um avanço no combate à exploração dos jovens no mundo. Ela elogiou a lei sancionada pelo presidente Lula que torna crime armazenar imagens pornográficas de crianças, mas reconheceu que ainda há outros desafios, como integrar as ações do governo:- O governo federal tem uma relação de 47 ações. O nosso problema é fazer a integração dessas ações de forma que os estados e municípios sejam parte desse sistema. Outro desafio também é produzir estatísticas confiáveis sobre o tema - ressaltou Carmem.Membro do Unicef diz que ricos são parte do problemaNils Kastberg, representante do Unicef na América Latina e Caribe, explicou que 25% do tráfico de crianças e adolescentes acontece em países ricos da Europa. Segundo ele, isso demostra que o crime de exploração dos jovens não é problema apenas dos países pobres ou em desenvolvimento.- O homem rico que explora essas crianças também é um problema - disse Kastberg, que defendeu o fim do silêncio sobre os crimes sexuais contra crianças.Para os congressistas, o crime de exploração de crianças e adolescentes é transnacional e opera em redes cada vez mais sofisticadas através da internet e do turismo para fins sexuais. Segundo Carmen Madrinan, diretora executiva do Ecpat Internacional, há desafios também devido à tolerância desse tipo de crime em alguns países:- Devido a padrões de tolerância desse tipo de prática e a impunidade ainda existem portas abertas para que os agressores possam comprar sexo com crianças e em vários pontos do planeta.Outro item da Declaração do Rio prevê que os países intensifiquem a troca de informações com a Interpol, que investiga os crimes de exploração sexual no mundo. Os congressistas decidiram também que os governos deverão estimular a criação de códigos de conduta para empresas do setor de turismo, publicidade, internet e instituições financeiras. A idéia é que essas empresas criem formas de impedir o abuso e a exploração dos jovens.


por: Josafá Filho


Um comentário:

  1. Muito boa esta questão sobre o fato de a Pedofilia ter se expandido muito e com este metodo podemos conter essas pessoas que querem destruir a inocência das crianças e seus sonhos futuros.

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